Nesse contexto em que vivemos observamos como tem
sido um desafio a inclusão dos indivíduos portadores de necessidades educativas
especiais, neste grupo enquadram-se os sujeitos surdos que usam a capacidade de
linguagem e a habilidade de adaptá-la. Discutir sobre a educação dos surdos e
como ela vem existindo aponta para a realidade das suas necessidades que por
muito tempo foi negligenciada.
Dessa forma, neste período de
transição que vivemos, que geram constantemente novas normas, como a oficialização
da profissão de intérprete e tradutor em língua de sinais-libras, sendo o
Brasil um país com duas línguas oficiais: o português e a língua
brasileira de sinais-libras, vem de encontro a uma reflexão e um repensar, nas
estratégias a serem utilizadas por toda sociedade, em relação a inclusão social.
Primeiramente,
é preciso recebermos e acolhermos as “diferenças”, ou seja, os indivíduos com
necessidades especiais. Para efetivarmos esses dois pilares necessários, devemos
ir abrindo a mente para excluir o preconceito e adequar os espaços a estes
novos sujeitos, mediante estruturas de flexibilidade, e tirando a ideia que os
portadores de necessidades especiais que tem que se adequar ao mundo ouvinte.
Os
surdos têm uma identidade surda, e o objetivo de mudar o surdo para torná-lo
igual a um ouvinte, é um desrespeito à sua identidade, a sua cultura e à sua
condição de cidadania, para tanto que existe a Língua de sinais Brasileira, uma
língua que se utiliza da comunicação visual, e que favorece a sua inserção e
acesso a qualquer tipo de conhecimentos existentes na sociedade.
Nesse
diapasão, se faz urgente, uma reestruturação nos mecanismos utilizados na
inclusão aos surdos, como também, a criação de programas específicos para serem
desenvolvidos pela sociedade, logo, para ser utilizada a libras nas
universidades, escolas, órgãos públicos e privados. Assim algumas medidas de
integração a sociedade, como o uso de materiais didáticos, sem a presença de
estereótipos, oferecendo o conhecimento a tecnologia de apoio, ou seja: os
aparelhos usados pelos surdos, aparelhos telefônicos TDD, implementação de
televisores com decodificador de legenda e, equipamentos luminosos para as
construções, são meios eficazes para a efetivação desse objetivo.
Um
município atuante, que forneça pelas secretarias de saúde, SUS, associações,
agentes comunitários para trabalhar em conjunto com as famílias de surdos, e
mais importante, com a presença de um profissional intérprete de libras, que
faz o elo entre as culturas ouvintes X surdos, nas reuniões, palestras, e
atendimento individual do surdo, seja na fonoaudiologia, na psicologia, no
âmbito educacional, social, e na saúde, para fazer a transmissão também às
famílias, irmãos, e parentes de surdos a orientação para que seja utilizada a
língua de sinais na comunicação com a pessoa surda.
Nessa
perspectiva, todas as lutas e conquistas já traçadas e concluídas e as que
ainda precisam ser conquistadas são um grande passo para a consagração da
inclusão dos surdos na sociedade, contudo para alçarmos tão feitio é necessário
que haja empenho de todos para a valorização, e o reconhecimento possa vir a
público, pois dificuldades existem, mas não podem impedir o desenvolvimento,
porque está na hora da mudança de postura, de bom senso, atitudes justas e
necessárias. Com mobilizações e atitudes assim o nosso país irá fazer valer a
máxima presente em nossa constituição de que todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza.
É um texto excelente, ao passo que transmite a ideia de inclusão social de pessoas deficientes auditivas, ou seja, o surdo-mudo assume um papel de extrema importância na sociedade, ademais, vale ressaltar a desenvolvimento histórico e social. Atualmente muitos deficientes auditivos assumem importantes cargos e funções na sociedade.
ResponderExcluirMaria Luíza Barcelos
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